Eu destesto o programa do Didi, mas quando soube que o especial de fim de ano dele,
A Princesa e o Vagabundo, se passaria durante a Era Napoleônica, me interessei. E não me decepcionei, acho que foi o melhor projeto do Renato Aragão desde o fim dos Trapalhões. Conta a história do reino fictício de Landinóvia, que é invadida pelo exército napoleônico. Para salvar sua filha Lili (Livian Aragão), a rainha Valentina (Maria Fernanda Cândido) manda a criada Cecília (Carolina Kasting) fugir com ela. Só que durante a fuga, Cecília se fere, aí deixa a bebê ao lado de um vagabundo, o Didi (Renato Aragão).
Ele cria Lili até seus 10 anos; durante todo esse tempo, o exército napoleônico procurou pela herdeira do trono de Landinóvia. Quando a acham, a capturam e a fazem de criada do castelo, Didi a resgata e depois todo o povo landinovês se une para derrotar o exército francês. O programa é feito em 3D para dar vida ao ratinho Voltaire (isso mesmo, ele tem o nome do grande escritor e iluminista francês), fiel escudeiro de Didi.
Renato e sua filha Livian Aragão. Até que ela é não é ruim como atriz.
Esse ano a
Xuxa inovou e fez isso bem. Ao invés de só cantar e cantar e cantar, ela deu vida a uma historinha fofa. A história de Natalândia uma cidade/país/planeta onde todo dia é Natal, até que somem as partituras que fazem com que o Natal aconteça, aí fica tudo confuso: as comidas ficam ruins, os presentes não chegam ao destinatário etc. Aí com a cooperação de toda a população de Natalândia, eles encontram as 375 partituras. Intercaladas com a história, apareciam clipes com músicas de Natal da Xuxa cantando com artistas (Zeca Pagodinho, Zezé di Camargo e Luciano). Ah, e o figurino e o cenário eram impecáveis.
Os detetives Jingle (André Marques) e Bell (Gustavo Novaes), a prefeita de Natalândia, Natalia (Xuxa) e Próspero (Eri Johnson).
Esse é o destaque da programação de fim de ano:
Programa Piloto. Realmente excelente. Conta a história dos bastidores da gravação de um programa, mostra a vaidade das atrizes que se estapeiam pelo posto de quem aparece mais no programa, a não aceitação das atrizes mais experientes Renata (Fernanda Torres) e Beatriz (Andrea Beltrão) para com a mais jovem Fabiana (Fernanda de Freitas), a safadeza da mais jovem para ganhar notoriedade na mídia - ela dá em cima do galã do programa, Alvarenga (Alexandre Borges) e para o diretor Magalhães (Otavio Müller).
A história do programa dentro do programa é a seguinte: Edgar (Alexandre Borges) viaja para o Paquistão à trabalho, lá ele sofre um acidente de carro e sua esposa Carmen (Andrea Beltrão) sai do Brasil e vai até lá visitá-lo. Chegando lá, ela descobre a causa do acidente: a filha da criada, Jalila (Fernanda de Freitas) estava ajoelhada no carro (fica implícito que ela estava fazendo sexo oral nele hahaha, por isso que ele bateu). Depois ela descobre que ele também tinha um caso com a criada, Naja (Fernanda Torres), mãe da menina. Aí a menina tem um filho, e a esposa resolve levá-lo para o Brasil... A história é tão confusa assim porque as atrizes pedem toda hora para o diretor mudar a história para elas aparecerem mais. Essa é a graça da história.
O cenário é bem
Caminho das Índias. Esse sim é um programa para continuar na grade da Globo em 2010.
Alexandre Borges, Fernanda Torres e Andrea Beltrão.