Cheguei em Praia Seca pensando que seria tudo uma maravilha, que relaxaria e me esqueceria do estresse da cidade grande, mas aconteceu o contrário! Primeiro vou escrever sobre minha estrutura familiar: meu pai tem cinco irmãs e essas têm, juntas, nove filhos, mais meu irmãozinho e eu dão onze netos, extraindo minha prima de quinze anos e eu de treze, sobram nove crianças, extraindo a bebê de quatro meses, sobram oito crianças em plena atividade! Somando todos os entes (onze netos, seis filhos, cinco cônjuges, dois idosos), dão 24 pessoas.
Nossa peregrinação em Praia Seca: nós alugamos a primeira casa em PS em novembro de 2007, ela era bem espaçosa, quintal na frente e atrás para as crianças brincarem, churrasqueira, chuveirão, pertinho da praia, mas o único problema foi ser muito longe do centro da cidadela; e esse motivo foi suficiente para sairmos dessa casa em novembro de 2008.
Foi quando fomos para minha casa favorita: a do centro. Ela tinha três quartos, muito espaçosa, uma varandinha que dava vista para a badalação do distrito. A logoa virou nossa diversão, é quase uma praia, bem legal. Mas como tudo tem defeito... Ela ficava no andar de cima e embaixo, moravam vizinhos não muito contentes com a quantidade de crianças, tinha um quintal-garagem para as crianças brincarem, mas quando tinham carros na garagem, acabava a diversão delas. Além da escada que não era boa coisa para meus avós e para as crianças.
Então fomos para a atual casa: a casa "entre". Explico: ela fica entre o centro e a lagoa. Eu simplesmente odiei essa casa, praticamente só tem "contras": é pequena, tem escada, os quintais (na frente e atrás) são pequenos, os muros são baixos, o que tira nossa privacidade. Na verdade, ela faz parte de um grupo de cinco casas iguais e grudadas, tipo uma vila. Para completar, temos mini-vizinhos que soltam pipas de linha com cerol, o que representa perigo para as crinças. Aí fica a minha vó aos nervos, gritando pras crianças menores entrarem, mandando os mini-vizinhos brincarem no outro lado da rua...
Ai, acho que foram os 11 dias mais estressantes da minha vida. Antes eu adorava ficar com minha família, com as crinças, mas agora isso se tornou uma atividade tão "trânsito paulistano", não tinha percebido que minha família tinha crescido tão enormemente assim. São choros, pirraças de criança mimada, gritos da minha vó... Ah, parei!
Nenhum comentário:
Postar um comentário